segunda-feira, 22 de outubro de 2012

[Literatura] "Cinquenta Tons de Cinza"


Segunda-Feira é o dia dos começos. Começar o regime, começar a semana, começar os exercícios e, porque não, começar uma leitura interessantíssima?

E então, vamos falar de cinza? Uma cor nunca foi tão amada em todo mundo, por tantas mulheres (principalmente mulheres que, por natureza, são seres coloridos e extravagantes), de tantas idades, países e culturas diferentes. Desde que me conheço por gente um livro nunca foi tão divulgado ou comentado, mas qual o seu segredo?

"Cinquenta Tons de Cinza" ("Fifty Shades of Grey") é uma trilogia erótica escrita por E.L.James, uma britânica, casada e mãe de duas crianças que sempre desejou ser escritora e ser capaz de fazer um livro (ou vários) pelo qual as pessoas se apaixonassem... Mas duvido que ela tenha imaginado que as pessoas se apaixonariam tanto. Os livros que compõem a trilogia, publicada em português pela Editora Intrinseca, são: "Cinquenta Tons de Cinza" ("Fifty Shades of Grey"), "Cinquenta Tons Mais Escuros" ("Fifty Shades Darker") e  "Cinquenta Tons de Liberdade" ("Fifty Shades Freed").

Na tentativa de desvendar esse mistério, vamos começar do começo: "Cinquenta Tons de Cinza" ("Fifty Shades of Grey")


Título: "Cinquenta Tons de Cinza"
Autor(a): E.L. James
Editora: Intrinseca

Sinopse Oficial: "Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja."

Minha Sinopse/Crítica: Tentar ser imparcial será complicado dessa vez, não tenho como negar: fui fisgada pelo Sr. Grey. Confesso que estou amando um personagem fictício, mas é impossível resistir ao charme desse multimilionário norte-americano que guarda tantos segredos quanto pode e que de uma forma doentia ama uma mulher. Mas vamos parar por aqui antes que essa resenha fique uma bagunça. 

Anastasia é uma típica universitária, com pouco mais de 20 anos e morando com sua melhor amiga no campus da universidade está prestes a se formar, mas tudo muda quando Kate, sua amiga e confidente adoece e fica impedida de fazer sua última entrevista para o jornal da Universidade e Anastasia, ou Ana como ela gosta de ser chamada, dirige até Seattle para cobrir a amiga. Lá, dentro de um castelo de mármore e granito, cinza e branco, vidro e metal, está o jovem multimilionário Christian Grey, o entrevistado de Ana. Christian é um jovem de 27 anos, fechado e envolto em uma densa nuvem de mistérios. Seus olhos cinzas sempre persuasivos, sua voz imponente e sua formalidade fazem parte do seu charme, charme esse que não escapa aos olhos de Ana assim que ela entra em seu círculo de visão. Vivendo as mais diversas situações constrangedoras, Ana e Christian exercem sobre si uma atração nova para ambos e com a qual terão de aprender a lidar. De um lado a ingênua Anastia descobre seu primeiro amor, do outro, o sombrio e misterioso Christian tenta não fugir ao seu padrão: o controle extremo.

Tendo como pano de fundo a relações BDSM (bondage e sadomasoquismo), a autora conseguiu, de forma magistral, criar uma história de amor, mais do que sexo. O romance é uma constante, mesmo quando os personagens se recusam a aceitar isso. Ana é uma menina que quer ser amada, que deseja "flores e corações", romantica por natureza. Christian é um jovem misterioso que já sofreu muito na sua pouca idade, mas que se recusa a assumir e enterrar os seus fantasmas. Em nome do amor que sente por ele, Ana aceita submeter-se ao seu estilo de vida, que nada mais é do que a relação dominador/submissa, esperando que um dia ele possa amá-la. Christian deseja Ana como nunca desejou ninguém e tenta, em vão, lutar contra isso. Com desespero e paixão, mesmo que veladas, Christian abusa do desejo por controle, mantendo Ana sob uma redoma de vidro, enquanto ela busca de todas as maneiras conhecer um pouco mais sobre ele.

Trava-se, durante todo o primeiro livro da trilogia, uma batalha: amor x necessidade. Paixão x controle. Amor x Amor. Ciúmes, paixão e sexo inundam as páginas desse primeiro volume, envolvendo os leitores de uma forma que eu nunca tinha vivenciado antes. Com todos os dramas e com o toque sutil de humor com que as questões são tratadas, Ana e Christian se tornam os melhores companheiros que poderiamos ter para uma noite de boa leitura.

Com uma história simples e corriqueira, um casal que se apaixona, a autora conseguiu inovar, trazendo um tabu e o trabalhando de forma sutil e adequada. Sem linguajar vulgar, sem dimnuições ou despersonificação dos personagens, eles se tornam cada vez mais humanos, lutando contra seus próprios medos, tentando juntos recomeçar, e, nesse contexto, o sexo torna-se secundário e nós nos rendemos à paixão entre eles.

Sou Greyzete assumida e não me canso de ler e reler a trilogia. A cada nova leitura, a cada novo recomeço novos detalhes parecem que surgem e cada vez menos o sexo se torna o foco central da trilogia, mas senão a história de vida de duas pessoas que poderiam, sim, existir na realidade. Será que existem?

Se quiser conferir, eu super recomendo. E se você puder, a leitura do texto original, em inglês, é ainda melhor.

Em breve posto a resenha do "Cinquenta Tons Mais Escuro".

Laters, baby!

Nenhum comentário: